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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Reunião entre MP e Prefeitura de Natal definirá início das obras no calçadão de Ponta Negra

Uma reunião realizada na tarde de hoje (30), na sede do Ministério Público do Rio Grande do Norte, entre representantes da Prefeitura de Natal e do Ministério Público Estadual e Federal deverá definir o início das obras de reconstrução do calçadão da praia de Ponta Negra, em especial com o trabalho de engorda da praia, atendendo a recomendação da perícia técnica. Nesta terça-feira (29), após vistoria in loco aos trechos danificados, Cássio Guilherme Rampinelli, da Secretaria Nacional de Defesa Civil, que está em Natal representando o Ministério da Integração Nacional, orientou os técnicos da Prefeitura de Natal a não adiar a ‘engorda da praia’, mesmo que isso onere a obra.
Segundo o secretário adjunto de Planejamento de Obras da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura, Tomaz Pereira de Araújo Neto, com o engordamento da praia o orçamento do projeto passaria dos atuais R$ 4 milhões (recuperação de forma emergencial o calçadão e construção de bolsacretos) para R$ 7,7 milhões. “Na reunião desta tarde vamos resolver todos os impasses para que esta obra seja iniciada o quanto antes”, garantiu Tomaz Neto. A indicação de Cássio Rampinelli, enquanto representante do Ministério da Integração, é que a Semopi e os demais órgãos municipais envolvidos na recuperação do calçadão apresentem dois planos de trabalho distintos. O primeiro, que traria os planos para ações de restabelecimento, envolveria os laudos técnicos para revitalização emergencial do calçadão e para o engordamento da praia, que deveriam ser realizados em conjunto.
Já o segundo plano sugerido por Rampinelli engloba as ações de reconstrução do calçadão de Ponta Negra. Este plano de trabalho deve envolver desde o financiamento e o resultado do estudo para o entendimento da dinâmica costeira, trazendo solução definitiva conforme especificações a serem indicadas pelos peritos. A Semopi considera que a engorda “poderia entrar no segundo plano de trabalho, considerando o tempo necessário para fechar licitação e identificar área que disponha de areia suficiente para o engordamento sem causar danos ambientais”. Mas, Rampinelli alertou “caso adie-se a engorda, a ação do mar poderia prejudicar o trabalho feito em reparo emergencial”.
De acordo com o laudo feito a pedido do Ministério Público Estadual, concluído em novembro do ano passado, deveriam ser enfatizadas três providências básicas para evitar novos desmoronamentos: ‘engorda’ artificial da praia, para garantir duração aos reparos a serem feitos; construção de passarelas e escadas provisórias durante as obras de recomposição do calçadão; e instalação de dissipadores na tubulação de drenagem de águas pluviais para evitar formação de valas à beira mar.
Enquanto as obras não são iniciadas, os comerciantes continuam reclamando das perdas nas vendas em virtude da destruição do calçadão. Irene Maria é vendedora ambulante há mais de 20 anos na praia e relata que tantos os natalenses quanto os turistas tem reclamado do descaso com a praia. “É muito triste ver uma praia que era tão badalada e movimentada e hoje estar abandonada. Com esse descaso todo. Em termos de vendas, só temos o que reclamar, pois está sendo a pior alta estação dos últimos anos”, destacou a vendedora.
Fábio Dias também trabalha na praia de Ponta Negra e ao lado de sua barraca, um poste, há meses, ameaça cair e nenhuma providência foi tomada. “Já procuramos a Prefeitura e a Cosern e ninguém faz nada. Acho que estão esperando acontecer uma tragédia para poder fazer algo. Se a maré bater, o poste pode cair ou para o hotel ou em cima das barracas. Alguns turistas ignoram o risco, mas a maioria reclama”, afirmou.
Fotos: Canindé Santos
Por: Roberto Campello - Portal JH






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