Prefeito Joaz Oliveira
A Prefeitura Municipal de Extremoz não irá gastar recursos com o Carnaval 2017. O cenário de crise que afeta todo o país e as dívidas milionárias deixadas pela gestão anterior em Extremoz impactaram fortemente as contas públicas e impossibilitaram o gasto com festividades carnavalescas.
O prefeito Joaz Oliveira (PR), que assumiu a Prefeitura em janeiro passado, encontrou o município com um montante de dívidas que tem afetado diretamente o Planejamento de ações e a expectativa de investimentos na cidade.
De acordo com um levantamento feito pela Secretaria de Administração municipal, a Prefeitura apurou dívidas que já somam mais de R$ 20 milhões, deixadas pelo ex-prefeito Klaus Rêgo (PMDB). Os débitos são com folha de pagamento, prestação de serviços, encargos sociais do funcionalismo, entre outros.
As duas primeiras parcelas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), dos dias 10 e 20 de janeiro, vieram zeradas, o que agravou ainda mais a situação financeira. Os recursos foram sequestrados do FPM devido a dívidas de depósito do INSS dos servidores deixadas pelo ex-prefeito.
Quando o atual prefeito assumiu, a prefeitura devia aos funcionários os salários de novembro, dezembro e o 13º. Mesmo diante do cenário delicado, o prefeito Joaz Oliveira conseguiu, através de diálogos com os sindicatos, parcelar os salários atrasados e pagar o mês de janeiro. Também estão em andamento vários acordos de parcelamentos referentes às demais dívidas encontradas pela nova gestão.
“Infelizmente recebemos a Prefeitura com as contas destroçadas e decidimos priorizar os servidores. Chegamos a um acordo com o funcionalismo e estamos conseguindo honrar nossos compromissos. Esperamos que a população compreenda que, diante do quadro delicado, a Prefeitura não dispõe de recursos para gastar com festividades”, explicou o prefeito.
Segundo o secretário de Turismo de Extremoz, Rogério Pessoa, ao longo do mês de janeiro e início de fevereiro a Prefeitura buscou apoio da iniciativa privada para patrocinar o Carnaval. No entanto, como o momento também não é bom para os empresários, todos alegaram não ter condições de gastar recursos com festividades carnavalescas em função da crise.
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