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quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

“Existem duas nações num único país”, defende deputado do RN

Luiz Eduardo: “O povo age de acordo com o comportamento de seus líderes” - Foto: Divulgação

O deputado estadual Luiz Eduardo (Solidariedade), que assumirá mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte em 1º de fevereiro, usou as redes sociais para comentar os atos terroristas que aconteceram no último domingo 8 em Brasília. As manifestações antidemocráticas culminaram na depredação das sede dos Três Poderes.

O parlamentar diplomado escreveu um texto onde implica que a responsabilidade dos atos é dos “líderes”, sejam eles políticos ou de demais esferas do poder. “O povo age de acordo com o comportamento de seus líderes. Infelizmente vivemos momentos difíceis em que o certo parece estar errado e o errado parece compensar mais que o certo, direitos são reprimidos, leis são interpretadas para benefício próprio, insegurança jurídica com sucessivas decisões equivocadas e arbitrárias, liberdade de expressão são confundidas com anarquia, bandidos tem mais direitos que cidadãos e muitas lideranças se acovardaram de tomar decisões difíceis e necessárias, enquanto outras se apressaram em decidir como sangrar ainda mais um povo que sofre diante da difícil realidade de sobreviver cada dia”, iniciou ele.

Luiz Eduardo criticou, nas entrelinhas, a polarização que persiste no Brasil mesmo após o fim do período eleitoral. “Temos um lado político acéfalo e outro que insiste em combater um inimigo que ficou para trás, criando todo dia uma cortina de fumaça sobre os reais problemas que deveríamos estar enfrentando. Vivemos num Brasil que passa uma mensagem para o mundo e para seu próprio povo que o crime compensa e a impunidade prevalece”, pontuou.

O deputado resgatou o discurso de campanha de Lula (PT), que assumiu a Presidência da República, e questionou a atuação do petista em relação aos protestos. “Vivemos num País onde se vendeu que o ‘Amor venceria o Ódio’ mas vemos o ódio crescer a todo dia, sem trégua e sem nenhuma palavra de união de quem deveria nesse momento entender que o atual Brasil está dividido e nenhum lado tem legitimidade suficiente para ignorar a existência do outro”.

“É um equívoco achar que nesse momento o maior inimigo é o povo, enquanto os verdadeiros culpados não se enxergam diante do próprio espelho. Não existe autocrítica de nenhum lado, mais toda crítica ao povo”, continuou. “Existem duas nações num único país e muitos líderes ainda não perceberam e simplesmente ignoram as demandas e necessidades do outro. Parece que objetivo não é mais unir, mas exterminar quem pensa o contrário. Isso não vai resolver, apenas intensificar a dor e o sofrimento”.

Por fim, ele condenou as manifestações em Brasília, mas afirmou que uma “repressão” e “perseguição” não seriam aplicáveis no momento. “As manifestações foram lamentáveis em todos aspectos, infelizmente não existe saída fácil para problemas difíceis e a repressão e perseguição nunca foi o remédio mais eficaz, quando o diálogo não faz parte do tratamento”, frisou Luiz Eduardo.

Ataques

Na tarde de domingo 8, manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com o resultado das eleições do ano passado, invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com os manifestantes ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois eles quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa. Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, quebraram vidros e móveis, deixando um cenário de destruição.

Agora RN


 

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