Os pacientes que precisaram recorrer ao pronto-socorro do maior hospital do Rio Grande do Norte nesta quarta-feira (11) se depararam com um cenário apavorante no Monsenhor Walfredo Gurgel. Isso porque, devido à superlotação da unidade, muitos pacientes estão internados em cima de macas pelos corredores do hospital aguardando leitos e cirurgias.
A situação na unidade foi denunciada pelo Sindsaúde, o sindicato dos servidores da área.
Uma das pacientes que aguardam uma cirurgia ortopédica é Maria Lopes dos Santos, uma idosa de 109 anos que deu entrada no hospital na terça-feira (10) com uma fratura no fêmur. Até o fechamento desta matéria, não havia previsão de quando ela seria operada.
De acordo com informações repassadas por trabalhadores do hospital ao Sindsaúde/RN, até o início da tarde desta quarta-feira, havia 80 pacientes nos corredores do hospital. Desse total, 57 aguardavam uma cirurgia ortopédica.
O Sindsaúde reclama da sobrecarga de trabalho para os profissionais. Nesta quarta-feira (11), por exemplo, cada técnico de enfermagem do pronto-socorro do Walfredo Gurgel estava responsável por 15 pacientes de uma só vez.
“Está tão lotado que os pacientes estão amontoados em cima de macas pelos corredores até próximo a entrada do necrotério, muitos esperando cirurgias, correndo risco de perder um membro e totalmente expostos a vírus e bactérias hospitalares, é desumano deixar a situação chegar a esse ponto”, desabafa um trabalhador, que não quis ser identificado.
“O que existe é uma omissão e um descaso com a população, pois a saúde não é prioridade para esse governo, que já fechou serviços e que deixa a situação do Walfredo chegar a esse ponto”, destaca Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde e que também trabalha no hospital.
PARALISAÇÃO DOS ANESTESISTAS
Depois de quase um mês de paralisação dos anestesiologistas, o Secretário de Estadual de Saúde, Cipriano Maia, apresentou a primeira proposta à diretoria da Coopanest/RN. A Sesap se comprometeu em quitar apenas um dos meses em atraso, referente a julho de 2022, até o final desta semana e sinalizou a possibilidade de realizar novo pagamento até o final de janeiro. Convidada para a reunião, a Prefeitura do Natal não enviou representante.
Após a apresentação da proposta, a SESAP pediu como contra-partida a retomada dos atendimentos eletivos. O presidente da Coopanest, Vinícius Luz, mostrou a dificuldade de atender a solicitação justificando que a Cooperativa continua sem receber os repasses referentes aos serviços de média e alta complexidade, que são de responsabilidade do governo federal e repassado pela Prefeitura do Natal.
Agora RN
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