Destroços de um navio que naufragou há mais de 3.000 anos com sua carga foram descobertos na costa norte de Israel, anunciou a autoridade de antiguidades do país nesta quinta-feira (20). Especialistas afirmam que se trata de "uma descoberta histórica de proporções globais".
Os destroços foram descobertos no Mar Mediterrâneo, a uma profundidade de mais de 1.500 metros, pela empresa de energia registrada em Londres Energean, que opera na costa de Israel.
Um estudo realizado pela empresa revelou que a carga do navio consistia em centenas de ânforas usadas para armazenar produtos como vinho e azeite durante a Idade do Bronze.
"O navio parece ter afundado em perigo, seja por causa de uma tempestade ou por causa de um ataque de piratas, um fenômeno bem conhecido no final da Idade do Bronze", disse Jacob Sharvit, chefe da unidade marítima da Autoridade de Antiguidades israelense, em um comunicado.
O naufrágio foi descoberto a 90 quilômetros da costa do norte de Israel e as autoridades estimam que ele data do século 14 ou 13 a.C.
Com mais de três milênios de idade, o naufrágio data de uma época em que o comércio marítimo estava começando a prosperar.
A equipe da Energean encontrou um número significativo de jarros enquanto investigava o fundo do mar, disse Karnit Bahartan, gerente ambiental da empresa.
"Quando enviamos a eles [à autoridade de antiguidades] as imagens, a descoberta foi sensacional, muito além do que poderíamos ter imaginado", declarou Bahartan.
Sharvit disse que a localização da descoberta na costa mostrou que os antigos marinheiros eram capazes de navegar pelo mar sem visualizar a costa, provavelmente com a ajuda da posição das estrelas e do sol.
"Essa é uma descoberta histórica de proporções globais", disse ele.
Alguns dos objetos descobertos serão apresentados ao público em breve, informou a autoridade.
Com informações do UOL
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