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quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Após onda de fake news, governo decide revogar ato de monitoramento do Pix

Foto ilustrativa do Pix, ferramenta de pagamentos instantâneos do Banco Central NurPhoto via Getty Images

O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, anunciou nesta quarta-feira (15) a revogação da regra que ampliaria o monitoramento de transações financeiras realizadas pelo Pix e outras plataformas de pagamento. A decisão foi tomada em meio a uma intensa repercussão negativa e à disseminação de informações distorcidas sobre o tema, que geraram preocupações na população.

“Vamos revogar ato da Receita que mudou valores para monitoramento de movimentações financeiras. Pessoas inescrupulosas distorceram e manipularam o ato normativo da Receita Federal, prejudicando milhões de pessoas e causando pânico principalmente na população mais humilde”, explicou Barreirinhas durante coletiva de imprensa ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Motivos para a revogação

O secretário destacou dois motivos principais que levaram à revogação da medida. O primeiro é combater a má-fé e a desinformação utilizada por grupos para espalhar boatos e criar um clima de instabilidade entre os cidadãos. “A revogação se deu por dois motivos. Um deles é tirar isso que virou uma arma na mão desses criminosos”, afirmou Barreirinhas.

O segundo motivo está relacionado à continuidade do debate sobre a regulamentação de monitoramento financeiro no país. Segundo Barreirinhas, a decisão busca evitar prejuízos à tramitação de uma Medida Provisória (MP) que o governo planeja assinar, com foco no fortalecimento do sigilo bancário e na gratuidade do sistema Pix. “A segunda razão é não prejudicar o debate e a tramitação do ato que vai ser anunciado pelos ministros”, complementou o secretário.

Pronunciamento do ministro Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou a intenção do governo de garantir que o Pix continue sendo um sistema eficiente, seguro e gratuito para a população. Durante a coletiva, Haddad declarou que a Medida Provisória a ser apresentada pelo governo busca “reforçar os princípios de gratuidade e de sigilo bancário do uso do Pix”.

O que motivou a controvérsia?

A regra revogada previa a ampliação do monitoramento da Receita Federal sobre transações financeiras de diferentes instituições, incluindo operadoras de cartão, bancos digitais, plataformas de pagamento e grandes varejistas que oferecem crédito. A partir deste ano, tais dados seriam analisados de forma mais ampla, uma iniciativa que havia sido interpretada de forma equivocada por alguns grupos, gerando boatos sobre controle excessivo ou invasão à privacidade dos usuários.

Embora o Fisco tenha tentado esclarecer os rumores nos últimos dias, Barreirinhas admitiu que o “dano” continuava a ser propagado. O impacto negativo levou à decisão de revogar a medida e aguardar a formalização da MP para debater o tema de forma mais transparente e segura para a população.


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