Os professores da rede estadual do Rio Grande do Norte decidiram, nesta segunda-feira (24), manter a greve que já dura um mês. Em assembleia realizada no auditório do Winston Churchill, a categoria rejeitou a proposta do governo estadual para o reajuste do Piso do Magistério de 2025 e aprovou uma contraproposta que será encaminhada ao Executivo.
A oferta do governo previa um aumento de 6,27%, parcelado em duas etapas: 4,83% em abril e 1,44% em dezembro, sem pagamento de valores retroativos. No entanto, os trabalhadores da educação reivindicam que o reajuste seja integralizado mais rapidamente, com a última parcela já em maio. Além disso, exigem o pagamento dos retroativos de 2023, 2024 e 2025 a partir de julho deste ano.
Durante a assembleia, a categoria aprovou a realização de uma caminhada no próximo dia 27, saindo do shopping Midway Mall em direção à Governadoria. Também foi marcada uma nova assembleia para o dia 31, quando os professores avaliarão o andamento das negociações.
Outras demandas incluem o pagamento de 60% do 13º salário de 2024 e do terço de férias para professores temporários, além do encaminhamento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) à Assembleia Legislativa. A categoria também cobra a definição de um projeto para reclassificação do porte das escolas da rede estadual.
Em nota divulgada na sexta-feira (21), o governo do RN defendeu sua proposta, destacando que, entre 2019 e 2025, os professores da rede estadual acumularam um reajuste de 98,25%. O Executivo também afirmou que a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) segue aberta ao diálogo para viabilizar o fim da greve e garantir o retorno das aulas.
A paralisação, iniciada em 25 de fevereiro, tem a adesão de mais de 50% dos 19 mil professores ativos da rede estadual, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte-RN). Sem acordo entre as partes, a greve segue sem previsão de encerramento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário.